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domingo, 30 de janeiro de 2011

Bem vindos a Índia

Saímos de Abu Dhabi 7 horas da noite, fizemos uma rápida conexão em Doha, quase perdemos o voo e chegamos em Mumbai umas 3:30 da madrugada. O pouso foi horrível, o avião parecia um bolinha de ping pong no chão. Ainda ficou parado uns 30 minutos esperando um local para desembarque, aeroporto lotado. 1 bilhão de indianos chegando na Índia. 
Passamos pela imigração sem problemas. Me devolveram o canhoto do papelzinho que eu preenchi para entregar na saída.
Hora de pegar as malas nas esteiras. Verifiquei no painel que a esteira para o nosso voo era a número dois. Pegamos os carrinhos de carregar malas e ficamos esperando ao lado da esteira dois. Depois de 10 minutos esperando e nenhuma mala, ouvi um aviso nos autofalantes em um inglês bem difícil e não entendi nada. Todas as pessoas se moveram para a esteira número um, logo assumi que o aviso era sobre a mudança da esteira. Mais dez minutos e nenhuma mala. Mais um aviso, desta vez identifiquei o número três no meio de um monte de palavras em "inglês". Todas as pessoas se mudaram para a esteira três. Nós fomos atrás. 
A esteira começou a andar, mas em um movimento intermitente, andava uns minutos, parava um minuto. Enquanto isso as lâmpadas estavam sempre piscando, e de vez em quando ficava meio escuro. Pegamos as malas e fomos para a saída.
Ao chegar na saída, nos pediram o papelzinho da imigração. Eu entreguei, mas o Raphael não estava com o dele. Não sei se o papel não foi entregue ou se foi perdido na maratona das malas. O cara encrencou, fez o Raphael voltar para a imigração e pedir um outro papelzinho. Ele foi até a imigração enquanto eu esperava ao lado da saída com as malas. O cara da imigração disse que não precisava do papelzinho, bastava mostrar o carimbo no passaporte. O cara que estava na saída fez uma cara feia mas deixou a gente ir.
Resolvemos trocar algum dinheiro no banco, caso fosse necessário pegar um taxi ou alguma coisa. Agora sou milhonária.
Saímos do aeroporto e procuramos o motorista segurando o cartaz com o meu nome, mas nada. Dei mais uma volta para procurar um cartaz, mas não havia nenhum. Eu tinha dois números de motorista e alguns números de emergência e resolvemos voltar para o aeroporto para ligar. Não deixaram a gente entrar no aeroporto (pela área de desembarque) e não havia telefones públicos ao redor.
Enquanto andávamos para procurar algum telefone, um homem perguntou se podia nos ajudar. Aí ele perguntou se tínhamos um número de telefone e ligou do celular dele. Entrei em contato com o motorista, que também falava um inglês de difícil entendimento e não entendi nada. O cara do telefone falou que o motorista estava dizendo que estaria em 30 minutos no aeroporto. Depois ele ficou pedindo dinheiro pela ligação. Mas a gente ignorou dizendo que ele não falou isso antes de fazer a ligação, logo não foi combinado. Inicialmente, a gente achou que era apenas uma pessoa ajudando pessoas com caras de perdidos (como somos bobinhos). Eu disse que tinha dez rúpias, aí ele não aceitou, já que dez rúpias não é nada.
Em 30 minutos o motorista chegou, mas ele estava mostrando a placa ao contrário, ou seja, com a parte branca para frente. A gente teve que ler através da folha o meu nome e fomos falar com o motorista.
A viagem até o apartamento foi rápida e tranquila. Inicialmente não tive uma boa impressão da cidade, mas estou aberta para conhecer melhor. Chegamos no condomínio por volta das 6 horas da manhã, exaustos. 
Vamos ficar nesse apartamento por 2 dias para resolver assuntos da imigração. Logo depois vou para Vadodara. 



Um comentário:

  1. Acho que o cara supõe que qualquer pessoa que ele ajudar vai dar dinheiro pra ele. Ainda mais "gringos" como vcs.
    Mas pelo menos ele ajudou...

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