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terça-feira, 24 de abril de 2012

Perdidos no deserto...



Eu já achava que eu trabalhava muito antes, mas sempre consigo me superar.

Pelo menos tenho férias planejadas em menos de 10 dias...

Minhas aventuras no meio do deserto foram intensivas nessa última semana.

Dias e dias sem internet e com quase nenhum sinal de celular.

Muitos e muitos camelos no meio do caminho. (A plaquinha avisa de verdade)

Leite de camela!

Passeios a noite, lindas as estrelas no escuro do deserto.

Cobras, aranhas e escorpiões à espreita.

Quatro desesperadas horas completamente perdidos no deserto.

Acampamento sem camas para minha equipe. Dormi no quarto do administrador cheio de caixas de biscoitos e polenguinhos!

Comidas indianas e "omani" indianas, sobrevivendo com salsichas e frutas (biscoitos e polenguinhos tb!).

Deu pra perceber que não tive muito tempo de escrever um post...

sábado, 7 de abril de 2012

Companheiros de quarto

Tivemos um trabalho durante toda a tarde e noite e na manhã do dia seguinte estávamos muito cansados para realizar a viagem de volta até a base.
Pedimos então dois quartos nas acomodações do cliente (não vou escrever o nome, quem quiser me pergunte depois offline) para descansar umas horas antes de seguir viagem.

Os quartos são montados dentro de containers e possuem uma ou duas beliches, mas eles me deram um quarto só para mim com banheiro, o que eu achei muito bom.

Tomei banho, me preparei pra dormir, organizei a viagem de volta e deitei na cama. Antes de apagar a luz, vi uns movimentos no chão. OPA. Barata.
Tudo bem, uma baratinha não faz mal a ninguém e do jeito que eu estava cansada nem ia perceber a presença dela. Era uma daquelas pequeninas, não as cascudas que temos no Brasil. Nem me liguei.

De repende outros movimentos no chão. Depois nas paredes, atrás dos armários, na geladeira... Ai ai ai.
O quarto estava infestado de baratas! Subi na cama. Tamanho não é documento, mas quantidade sim!

Descobri um spray estratégico em cima do frigobar. Isso significa que eles sabiam que esse quarto era infestado. Comecei a minha caça pelas baratas do quarto. Tenho que admitir que o spray era de boa qualidade. Uma borifada, bichinhas zonzas e pronto. Matei mais que 20 baratinhas. Depois as moscas. Moscas são mais difíceis, mas pelo menos não tenho nojo delas. 

Comecei a me arrepender de não ter voltado pra base e ter dormido na minha cama. Mas os meu olhos nem conseguiam ficar abertos. Resolvi dormir na beliche de cima, pois é mais longe do chão e ainda afastei a cama da parede.
Desmaiei. Minutos depois zum zum zum de moscas. Volto a usar o spray. Em breve quem iria ficar zonza era eu. Desisti. Vou dormir mesmo assim. Liguei o ar condicionado no máximo e me cobri até a cabeça. Só assim consegui dormir valiosas 5 horas!

Quando cheguei na base falei para o chefe sobre a aventura com as baratas. Ele disse que eu posso reportar as condições das acomodações para que eles tomem providências para melhorar. Bom, se não melhorar da próxima vez, vou dormir dentro da caminhonete, já avisei.

domingo, 1 de abril de 2012

عُمان 18.162306, 55.219731

Pare قف

Procurem no google maps as coordenadas de onde eu estou (18.162306, 55.219731). Reparem na piscininha no meio do acampamento. Está um pouco mais verde do que nesta foto do satélite, já que a bomba não funciona há um tempo. Mas ainda é um lugar super agradável, onde nos reunimos ao redor dela após as refeições para bater papo furado. (Não reparem que o lugar fica no meio do nada, tá?)

Já tenho os meus turnos programados até o final do ano (teoricamente). Se forem seguidos corretamente, isso significa que vou voltar para o meu aniversário de um quarto de século! Estou com vontade de fazer uma festa junina fora de época. Com quitutes e roupas típicas.
Também terei umas férias em agosto, mas dessa vez quero ficar no meio do caminho. Roteiro ainda em aberto.
Um camelo perdido

Nas férias de outubro terei um treinamento em Abu Dhabi (sacanagem, treinamento no meio das férias, mas não posso reclamar) e quero fazer uma viagem pelo oriente médio (Egito, que tal?) também ainda sem roteiro certo.

Essa semana, me deparei com um camelo perdido no meio do nada. Uns trabalhadores pegaram a corda que estava amarrado e perguntaram se eu não queria montar. Achei melhor não... 
Eles me falaram que é comum ter carne de camelo, mas não é qualquer lugar. Me falaram que da próxima vez que passarmos por tal cidade (não lembro o nome) iremos parar para comer uma boa carne de camelo.