A segunda visita foi ainda mais emocionante, ouvimos o tum tum tum do coraçãozinho! A mãe do Ahmed foi com a gente pro exame, assim todos nós aproveitamos o momento juntos.
Os enjoos ainda continuaram e a expectativa é piorar até a décima semana, só melhorar depois da décima terceira. A médica receitou vitamina B6, deu dicas de alimentação e mostrou um ponto no pulso que ajuda a reduzir o enjoo (três dedos abaixo da linha do pulso, levemente a direita). Compramos até uma pulseirinha que aperta o ponto certo e tem cheirinho de hortelã pra amenizar náuseas também.
Nessa altura do campeonato, minha mãe já tinha "guardado" o segredo pra quase todo o Rio de Janeiro, Itaperuna e São Paulo. Não me incomodei, porque por mim eu falaria desde o primeiro teste de farmácia. Mas pela família do Ahmed que é mais supersticiosa e queria manter o segredo até ter certeza que ia vingar.
A maioria dos abortos espontâneos acontecem por anomalias genéticas e não podem ser evitados. É a natureza sendo natureza, o próprio corpo se desfazendo de um embrião que não estava se desenvolvendo. Mas ainda é tabu aqui e também não é fácil lidar com a perda de uma gravidez.
As pessoas preferem esconder, mas eu prefiro falar. A dor da perda pode ser aliviada com o apoio de amigos e familiares e troca de informações também.
Hoje outra notícia boa chegou, um pretendente pediu a irmã do Ahmed em casamento! 2018 será um ano de muitas celebrações!